Poema escrito por Carlos Faria e dedicado a Herberto Helder
CLORIDRATO DE HEROÍNA
Ao Poeta Herberto Helder
As sensações começam a arder na medula
e vão até arrefecer na polícia
A polícia tem tudo a seu cargo, a polícia boia
sobre os escombros, sobre os delitos, sobre as grades
A polícia funde o gelo, abre muros na escuridão,
deixa impressões digitais no fumo da cólera
veste de medo os delinquentes do paladar !
Heroína é uma droga salgada. Os cloretos
já por si são leves: Quando caem no sangue
dançam no sonho com os nervos...
Eu drogo-me de nuvens... Da anarquia ao sonho,
da dor de poema ao vento que me abre os braaços...
Nuvens : uma droga com a qual
a polícia ainda não se importa
Carlos Faria
Rosto e Diálogo 1966
Neste endereço irá publicar-se poesia, mesmo que seja escrita em prosa, da temática universal em que a sonhou, escreveu e declamou Carlos Faria
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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